Maia diz que além dessas técnicas existe o laser Navilas, que é um tipo de panfotocoagulação guiada eletronicamente a laser, automatizada e que possui a vantagem da maior precisão, como se a retina fosse “mapeada através de um GPS”. A imagem da retina é colocada num software do computador, os pontos são marcados e o laser aplicado de uma forma mais inovadora, moderna e com muito mais precisão, tendo o beneficio de um laser mais controlado e minimizando a possibilidade de lesões na fóvea e iatrogênicas. “Há, ainda, a fotocoagulação com laser de diodo, que nos permite a realização da termoterapia transpupilar, ainda muito útil em lesões como melanomas de retina iniciais”, complementa o médico. A termoterapia transpupilar (TTT) usa um laser de diodo por cerca de 60 a 90 segundos na retina coroide, resultando em inibições de coroidianos, como o melanoma maligno da coroide. De acordo com o oftalmologista, o laser de diodo também é o preferencial para o tratamento periférico através da ablação/fotocoagulação dos pacientes que apresentam retinopatia da prematuridade. O laser de micropulso, segundo o especialista, também pode ser usado para o tratamento das outras doenças edematosas da retina, como o edema macular diabético e o edema macular devido à oclusão de veia central da retina; entretanto, o tratamento para essas patologias não é de primeira escolha, sendo o preferencial a terapia com os antiangiogênicos. “Contudo, pode ser realizada em casos de exceção, como última alternativa terapêutica. Existem vários lasers de micropulsos, sendo que o mais indicado é o laser amarelo, pois possui ‘espectro de absorção macular menor’ e um perfil de segurança teórico mais adequado”, orienta. O médico destaca que, em geral, o tratamento atual para as doenças edematosas da retina é realizado com os antiangiogênicos intravítreos ou corticoides, de acordo com a etiologia, e que as novas terapias de fotocoagulação da retina estão cada vez menos agressivas, poupando tecido retiniano e levando a menos dor durante a terapia. “Novas tecnologias estão cada vez mais modernas e a tendência do laser de micropulso, que resulta numa fotoestimulação da retina e não coagulação, é de que a terapia seja expandida, os parâmetros para as doenças específicas sejam mais bem determinados e o tratamento seja realizado com indicações mais precisas no futuro”, finaliza Maia.